Incontinência urinária pode atingir pessoas jovens? - Clínica Urostar

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Incontinência urinária pode atingir pessoas jovens?

Recentemente a atriz inglesa Kate Winslet, estrela do filme Titanic, revelou que sofre de incontinência urinária ao tossir, espirrar ou fazer algum esforço. A doença pode atingir mulheres após o parto ou na menopausa.

A incontinência se caracteriza pela perda involuntária de urina, podendo ocasionar problemas de convívio social. Entre as causas estão genética, hormonal, envelhecimento, tabagismo, bexiga hiperativa, lesões medulares ou doenças do sistema nervoso.

Mãe de três filhos e com 40 anos, Kate Winslet tem a incontinência por esforço. Ainda há dois outros tipos: a de urgência e a mista.

O que é incontinência urinária?

É a perda de urina que você não consegue controlar. Muitos homens e mulheres sofrem de incontinência urinária. Não se sabe ao certo quantos, porque muitas pessoas não contam a ninguém sobre seus sintomas por se sentirem envergonhadas ou ainda por acharem que nada pode ser feito para tratar o problema. Por isso, elas sofrem em silêncio.

A incontinência urinária não é somente um problema físico. Ela pode afetar aspectos emocionais, psicológico e a vida social das pessoas. Muitos que têm essa condição têm medo de fazer suas atividades diárias normais para evitar expor o seu problema. Eles não podem ficar muito longe de um banheiro e evitam aglomerações de pessoas. Portanto, a incontinência urinária impede que as pessoas aproveitem a vida.

Muita gente acha que a incontinência urinária é um problema normal que surge com o envelhecimento. Mas isso não é verdade. E a incontinência urinária pode ser controlada e tratada. Converse com um urologista e descubra qual é a melhor opção de tratamento para você.

Alguns dados estatísticos

Um quarto a um terço de homens e mulheres sofre de incontinência urinária nos Estados Unidos. Isso representa milhões de pessoas. Cerca de 33 milhões têm bexiga hiperativa, uma condição que pode causar incontinência urinária.

Alguns estudos foram realizados em populações brasileiras. Em 2006 um estudo feito no Rio Grande do Sul com 848 homens e mulheres com idade entre 15 e 55 anos revelou que cerca de 18% dos participantes sofriam de bexiga hiperativa. Esses dados assemelham-se às estatísticas europeias e americanas. Um dado interessante desta pesquisa revelou que somente 27% das pessoas buscaram ajuda médica (Fonte: Teloken et al, revista European Urology, 2006). Um outro estudo organizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pela OPAS (Organização Pan Americana de Saúde) foi realizado em sete países da América Latina e incluiu 2.173 pacientes brasileiros (Fonte: Tamanine et al, Cadernos de Saúde Pública, RJ, volume 25, 2009). Essa pesquisa incluiu apenas pessoas internadas em casas de repouso, para quem foi perguntado se alguma vez tinham apresentado perda urinária nos últimos meses. Na população de pessoas entre 60 e 74 anos, 9% dos homens e 22% das mulheres já tiveram incontinência urinária. Já, na população acima de 75 anos, a incidência aumenta para 23% nos homens e 36% nas mulheres. Finalmente, um outro estudo, feito no Programa de Saúde da Família no Estado do Mato Grosso com mulheres em idade de 34 a 57 anos revelou que as mesmas sofriam em média cinco anos antes de relatar o problema e que 61% delas nunca tinham relatado o assunto ao seu médico de família (Fonte: Rios et al, Revista International Urogynecological Journal, volume 22, 2011).

Muitas situações podem aumentar o risco de incontinência urinária, por exemplo: idade, gestações, tipo de partos (normais mais que cesáreas) e número de partos. Nas mulheres o problema tende a aumentar após a menopausa e nos homens acima de 50 anos também, com o surgimento dos problemas de próstata. Doenças como diabetes, derrames (acidente vascular cerebral) e obesidade também se associam à maior incidência de incontinência urinária.

Quais são os tipos de incontinência urinária

Incontinência urinária de esforço: é a perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular. Ocorre quando os músculos do assoalho pélvico (músculos que cobrem a cavidade inferior da bacia e sustentam os órgãos que estão no abdômen) são forçados durante esforço físico e se tornam enfraquecidos ou alongados demais. Isso leva a perdas urinárias em episódios, podendo ocorrer em gotas ou em grande quantidade. Não existem medicamentos para esse tipo de incontinência urinária e as recomendações de tratamento estão na fisioterapia e na cirurgia.

Incontinência urinária de urgência: é a perda de urina associada a um desejo súbito e urgente de urinar, que ocorre porque o indivíduo não consegue chegar ao banheiro a tempo. É o que ocorre na bexiga hiperativa, uma situação na qual o músculo detrusor (músculo que forma a bexiga urinária) se contrai involuntariamente mesmo se a bexiga não estiver cheia. Muitas vezes a pessoa tem que urinar com muita frequência e em algumas vezes a urina escapa antes de chegar à toalete. Essa condição pode ser tratada de diversas maneiras, incluindo medicamentos, estímulos elétricos com equipamentos de fisioterapia, uso de toxina botulínica e implantes de estimulares elétricos nas raízes nervosas.

Incontinência urinária mista: algumas pessoas têm os dois tipos de incontinência urinária, ou tem sintomas que podem ser dos dois tipos e chamamos esta condição de incontinência mista. Algumas vezes são necessários exames mais específicos, chamados exames urodinâmicos, que ajudam a ter um diagnóstico preciso para escolher o melhor tratamento.

Incontinência urinária paradoxal: ocorre quando a bexiga está extremamente cheia e a perda urinária ocorre por uma espécie de transbordamento; o problema nesse caso é a incapacidade de esvaziamento da bexiga, mas o sintoma é a perda de urina. É o que ocorre em pessoas que perdem a sensibilidade da bexiga e não percebem que ela está cheia. Ou ainda em pessoas com obstrução crônica, como nos homens com crescimento da próstata. Nesse caso o tratamento consiste em melhorar o esvaziamento da bexiga.

Se você acha que pode ter incontinência urinária, procure um urologista e faça uma consulta. A maioria dos casos tem solução que pode até ser muito simples.

Fonte: Portal da Urologia

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