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Fique atento aos cuidados com a próstata

No Brasil, um elevado número de homens apresentam alterações na próstata. Porém, nem todas elas são malignas. O Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece quais são as patologias mais comuns e seus tratamentos.

Hiperplasia Prostática

Aos 40 anos de idade, aproximadamente 20% dos homens apresentam hiperplasia prostática benigna (HPB). Esse número aumenta progressivamente com a idade, sendo que aos 80 anos, 90% da população masculina terá HPB. Como a próstata envolve a uretra, quando ocorre um aumento dessa glândula, pode acarretar uma obstrução da uretra. Nem todo aumento da próstata leva à obstrução uretral, mas quando isso ocorre, deve ser tratado, pois pode evoluir com comprometimento da bexiga e dos rins. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os procedimentos cirúrgicos que permitem a redução da próstata são realizados com o moderno equipamento GreenLight. O aparelho permite uma terapia a laser menos agressiva, pois utiliza um procedimento mais rápido e seguro, praticamente sem sangramento, garantindo que possa retornar em poucos dias a suas atividades normais. O laser verde é aplicado na região da próstata através da via transuretal, dissolvendo o tecido que cresceu em excesso na glândula, promovendo a desobstrução da uretra.

Câncer de Próstata

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. A discussão sobre o câncer de próstata merece atenção especial: em contraste com a elevada incidência, percebe-se, por outro lado, altas taxas de cura dos pacientes quando a doença é detectada em fases iniciais.

As ocorrências do câncer de próstata aumentam com a idade, sendo que um em cada seis homens com mais de 50 anos e até metade dos que têm mais de 80 anos apresentam câncer de próstata.

Um fato curioso é que os índices da doença são 11 vezes mais comuns em norte-americanos do que em japoneses que residem no Japão. Essa frequência, contudo, iguala-se quando os japoneses passam a residir nos Estados Unidos, indicando que são fatores ambientais ou dietéticos, e não só a hereditariedade, os responsáveis pelo fenômeno.

Diferenças no consumo de gordura animal talvez expliquem essas variações geográficas, já que a ingestão de alimentos com alto teor de gordura é elevada nos países ocidentais e baixa nos orientais.

Além da dieta, quem possui antecedentes familiares de Câncer de Próstata tem maior chance de desenvolver a doença. Os riscos aumentam gradativamente quando um parente de 1º grau (pai ou irmão) é acometido pelo problema, aumentando a probabilidade, frequentemente, antes dos 50 anos.

O diagnóstico dos tumores é feito pelo toque da glândula assim como através da medida do PSA no sangue. Os exames são de extrema importância e precisam ser desmistificados para que os índices de diagnóstico precoce aumentem, chegando até 85-90% de cura.

Durante o exame, quando o médico detecta áreas de maior consistência na glândula e/ou elevação dos níveis séricos de PSA, os pacientes devem ser submetidos à biópsia da próstata. Na biópsia é retirada uma pequena quantidade do tecido prostático para ser analisado por um médico patologista, o que permite diagnosticar e orientar o paciente com relação ao tipo de tumor.

O tratamento dos casos de Câncer de Próstata leva em consideração o tamanho do tumor, grau histológico e condições gerais de saúde do paciente. Os tumores localizados inteiramente dentro da glândula nem sempre precisam ser tratados, mas se for necessário, pode-se recorrer à cirurgia ou à radioterapia.

Quando o câncer atinge os locais em volta da próstata costuma-se indicar tratamento radioterápico associado à terapêutica hormonal. Já quando o tumor se estende para outros órgãos, a doença é tratada com hormônios.

Como os fatores que modificam as células e seu funcionamento, tornando o tumor maligno, ainda não são conhecidos, recomenda-se alimentação com baixo teor de gordura animal, além da realização dos exames periódicos anuais.

Fonte: Dr. Luciano Nesrallah, urologista do Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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