Mês de novembro é dedicado a incentivar homens a fazerem exames preventivos.
Volta Redonda- Urologistas alertam que os homens ainda são reticentes em fazer o exame preventivo para evitar o câncer de próstata. Isso ainda é comum, mesmo com toda campanha e com o mês corrente dedicado à campanha “Novembro Azul”. De acordo com o médico Marco Antônio Salgueiro Junior, de Volta Redonda, no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), é também o segundo que mais mata os homens, depois do câncer de pulmão. A estimativa é que ao final de 2018 tenham sido diagnosticados 68 mil novos casos de câncer de próstata no país, sendo estimadas mais de 13 mil mortes só este ano.
O quadro já foi pior, como observou Salgueiro Junior e está melhor graças à evolução dos métodos diagnósticos e pela maior qualidade dos sistemas de informação do país. Em relação à alta taxa de mortalidade, o urologista acredita que isso ainda se dá pela demora do paciente em descobrir a doença e buscar o tratamento.
– E para mudar este quadro, precisamos de políticas públicas de saúde voltadas ao homem, com consultas rotineiras ao urologista e mudanças nos hábitos de vida. Uma alimentação mais saudável, atividades físicas regulares, evitar consumo excessivo de álcool e não fumar são algumas ações – adverte o médico.
A prevenção deve ser feita principalmente a partir dos 50 anos, mas com 45 anos para quem tem histórico familiar da doença. “Esta prevenção deve ser feita em consulta com um urologista, na qual será realizada uma série de procedimentos. Vai ser levantada a história clínica deste paciente, exame de PSA e toque retal, além também de outros exames quando necessário”, diz.
O urologista diz que vários fatores podem ser responsáveis pelo câncer de próstata e a hereditariedade é um deles. “Portanto, quem tem parentes com câncer de próstata deve ficar mais alerta” adverte.
Em relação à prevenção, o médico urologista confirma que não existe exame mais eficiente entre o toque e o PSA. O ideal e mais recomendável é a realização dos dois, conforme o protocolo existente em conformidade entre o Inca e a Sociedade Brasileira de Urologia. “A combinação de toque retal e dosagem de PSA fornece uma sensibilidade superior a 70% na detecção destes tumores” esclarece Marco.
Os estudos também mostram que a raça negra pode ser um fator de risco para o câncer de próstata. Os negros correm risco três vezes maior de sofrer de câncer da próstata do que brancos. Os negros também tendem a serem diagnosticados cinco anos mais cedo, por isso a atenção deve ser redobrada para eles após os 45 anos de idade.
Fonte: Diário do Vale