Conheça as técnicas mais utilizadas na fisioterapia pélvica.
As disfunções miccionais nem sempre estão relacionadas com a idade e o envelhecimento. Podem ocorrer em homens e mulheres, independentemente da idade e nível socioeconômico. A perda de urina pode causar problemas psicossociais, higiênicos e sexuais. Um grande número de pessoas que sofre com a incontinência urinária não procura ajuda profissional por vergonha ou por achar que esse problema é normal e se exclui do convívio social.
A fisioterapia pélvica é reconhecida como a primeira linha de tratamento conservador dessas disfunções. Os músculos do assoalho pélvico têm a responsabilidade no suporte dos órgãos (bexiga, útero e intestino), na continência urinária e fecal.
“Para que os resultados da fisioterapia pélvica sejam bem-sucedidos em longo prazo é necessário disciplina e comprometimento do paciente com os exercícios propostos, associados ou não a medicamentos”
O tratamento fisioterapêutico é simples, indolor, de baixo custo e não invasivo.
Sendo qualquer uma delas:
– Incontinência urinária de esforço;
– Incontinência urinária de urgência;
– Incontinência urinária mista;
– Incontinência urinária pós-prostatectomia;
As técnicas mais utilizadas pela fisioterapia pélvica para o tratamento da incontinência urinária são:
– Treinamento dos músculos do assoalho pélvico: através de exercícios específicos, o paciente consegue identificar os músculos e realizar o treino individualizado para a disfunção apresentada.
– Biofeedback Eletromiográfico: através de sinais auditivos ou visuais, se consegue uma leitura e interpretação em tempo real da atividade elétrica das fibras musculares do assoalho pélvico, capacitando o paciente a identificar os músculos a serem trabalhados, aumentando a percepção sensorial, restabelecendo a coordenação e o controle motor voluntário, resultando numa melhora funcional e consequentemente dos sintomas urinários.
– Eletroestimulação: utilizada no fortalecimento dos músculos de assoalho pélvico, melhorando a função urinária, aprimorando coordenação e força desses músculos e inibindo as contrações da musculatura detrusora.
– Cones vaginais: são pesos que variam de 20g a 100g para o treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico nas atividades diárias – orienta-se a inserir o cone na vagina durante 15 a 20 minutos e caminhar. Há uma sensação de perda do cone, ocorrendo uma contração dos músculos do assoalho pélvico.
– Terapia Comportamental: o paciente é orientado sobre a ingesta de líquidos durante o dia e a noite, alimentos e bebidas que irritam o músculo da bexiga e regulares intervalos de micções.
Para que os resultados da fisioterapia pélvica sejam bem-sucedidos em longo prazo é necessário disciplina e comprometimento do paciente com os exercícios propostos, associados ou não a medicamentos. Casos de incontinência urinária com procedimento cirúrgico, realiza-se a fisioterapia pré e pós-operatória melhorando o resultado cirúrgico.
Quanto mais precoce o paciente for encaminhado e realizar a fisioterapia pélvica, melhor será o resultado do tratamento.
Na presença dos sintomas de incontinência urinária, procure um urologista que, através do diagnóstico correto, saberá indicar uma fisioterapeuta especializada e capacitada a tratar das disfunções pélvicas.
Fonte: Portal da Urologia